Free cookie consent management tool by TermsFeed Generator

Coren-BA incentiva o cuidado com o idoso em oficina de capacitação


04.12.2014

O Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA) promoveu, entre os dias 2 e 4 de dezembro, a I Oficina de Capacitação para Profissionais de Enfermagem que Atuam na Assistência ao Idoso. A oficina aconteceu nos abrigos Dom Pedro II e Salvador, ministrada pelo francês Dr. Philippe Rigaux, fisioterapeuta com especialização em Sociologia da 3ª idade, instrutor do Instituto Cruz Vermelha em Bois Larris (França) e diretor de períodos de férias para pessoas com deficiências físicas na AFP (Associação de pessoas com deficiências). A capacitação contou com a tradução simultânea do também fisioterapeuta Pierre Machat.

Maria Luisa de Castro Almeida(Presidente do Coren-BA), Dr. Philippe Rigaux(palestrante) e Pierre Machat (tradutor)
Maria Luisa de Castro Almeida(Presidente do Coren-BA), Dr. Philippe Rigaux(palestrante) e Pierre Machat (tradutor)

A presidente do Coren-BA falou aos presentes, ressaltando que a gestão Novo Tempo estava encerrando o primeiro triênio de trabalho com chave de ouro. “Me tocou muito este treinamento, principalmente quando mostra que o idoso precisa ter projetos, porque corrobora uma prática que eu levo para a minha própria vida. Nós precisamos ter projetos de vida e renová-los sempre. A nossa população de idosos está crescendo muito e é muito bom conseguirmos parceiros e aliados para incorporarmos este segmento na enfermagem. Esta atividade será apenas o início do trabalho do Coren-BA voltado a esta parcela da população, que é o idoso”, salientou.

2O treinamento propôs soluções para a manutenção da autonomia do idoso e para as boas práticas assistenciais voltadas a este público. A dinâmica contou com uma parte prática, que ensinou como lidar com algumas situações que podem ocorrer com o idoso, a exemplo da queda, e outra teórica,que apresentou dados e apontou sugestões sobre uma prática assistencial mais positiva. Para Dr. Philippe, tomar cuidado de pessoas da maior idade significa tomar atitudes que lhes ajudarão a viver melhor e com mais autonomia. Ele pontua que é preciso combater o desgaste do corpo, por meio do movimento; a perda de energia, pelos projetos; o esquecimento dos gestos, ao recitar os gestos úteis, os distúrbios do equilíbrio e memória, pelos exercício de equilíbrio e ginástica cerebral.

As instituições que cuidam de idosos tendem a trabalhar com o princípio da inatividade, o que gera imobilidade, esquecimento dos gestos e sensação de inutilidade. De acordo com Dr. Philippe, é preciso dar ferramentas para a pessoa realizar atividades e se sentir útil. Além disso, reinam na sociedade moderna os preconceitos da incapacidade da pessoa idosa e a presença de barreiras entre o idoso e o cuidador, sendo o primeiro considerado “inútil” e “inativo”, e o segundo considerado “hiperativo” e”indispensável”. Ele apresenta uma série de possíveis alternativas, para minimizar estes problemas, como a valorização das capacidades, a gratificação dos êxitos, as precauções com as palavras e a organização de atividades que incluam o idoso.

Algumas práticas são enumeradas pelo profissional para se viver bem na fase idosa, a exemplo da manutenção de cinco contatos sociais por dia; da idealização de projetos; do cuidado estético, que vai levar a uma elevação da autoestima; das ocupações úteis; exercício da memória de forma continuada; diversão e risos; e do exercício físico, devendo o idoso movimentar-se sempre, dentro do possível, e exercitar seu equilíbrio.

A geriatra do Abrigo Dom Pedro II, Dra. Marília Bastos, chamou a atenção para o contexto histórico das instituições de longa permanência, os chamados abrigos. Ela explica que as unidades, que antigamente eram puramente de caridade, vinculadas a religiões, se tornou um direito do cidadão e dever do poder público no meio do século passado: “Agora, diante das crises, estamos vivenciando um momento em que estas instituições possam atender não apenas as demandas sociais, mas as demandas vinculadas à saúde”. Ela explica que a alternativa possível é a união da assistência social, à saúde, ao Ministério Público e à atuação fiscalizatória dos conselhos, que zelam pela boa prática e assistência integral a estes indivíduos. “Acho fantástico que o conselho procure ser não apenas um órgão fiscalizador, mas que seja um facilitador desta troca de experiências e um formador de opiniões e de ciência, pois só se pode cobrar boas condutas se o profissional teve antes uma boa formação técnica”, destacou.

Para a geriatra do Abrigo Salvador, Dra. Solange Sampaio Silva, a oficina é de fundamental importância para a capacitação não apenas dos profissionais de enfermagem, mas de todos aqueles que têm contato com o idoso. “Esta iniciativa do Coren-BA foi excelente. Todos sofrem muito com a falta de técnica no tratamento dispensado ao idoso, nós não passamos por este treinamento de aprender a servir e certamente precisamos de mais esta matéria no currículo profissional”, ressaltou.

A iniciativa também agregou a doação, por parte do conselho, de fraldas geriátricas e kits de perfume alfazema para os dois abrigos. A conselheira Maria José Cova, e os enfermeiros-fiscais Antônio Carlos da Silva, Ana de Pádua, Suzana Costa e Maria Emília Silva também participaram das atividades.

Compartilhe

Outros Artigos

Receba nossas novidades! Cadastre-se.


Fale Conosco

 

Conselho Regional de Enfermagem da Bahia

R. Gen. Labatut, 273 - Barris, Salvador - BA, 40070-100

07132773100

atendimento@coren-ba.gov.br


Horário de atendimento ao público

07h às 16h

Loading...