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Coren-BA cobra capacitação e respeito ao profissional no combate aos erros de enfermagem

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24.10.2014

Erros de enfermagem e o processo ético foi o tema abordado pela presidente do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA), Maria Luísa de Castro Almeida, em palestra proferida na tarde desta sexta-feira (24), no auditório do Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM), no bairro de Pau Miúdo. Ao dissecar o assunto, ela deixou claro que o domínio do conhecimento é imprescindível para que o profissional consiga minimizar os erros de enfermagem, e ponderou sobre uma série de fatores que acabam, direta ou indiretamente, contribuindo para a ocorrência de tais erros.

“Uma das nossas diretrizes de trabalho diz respeito à defesa do sistema Cofen/Corens como órgão fiscalizador do exercício profissional, que venha a proteger a sociedade das más práticas, dos eventos adversos, mas, sobretudo, enxergando o lado do profissional neste contexto”, destacou Maria Luísa, completando a necessidade de lidar com o erro dentro de um processo pedagógico: “Erro não deve acontecer, mas é algo inerente ao ser humano e deve gerar um momento de reflexão e de aprendizado”.

Maria Luísa também explicou todo o funcionamento de um processo ético, desde a denúncia até o julgamento, e levantou algumas das principais causas responsáveis pelos erros de enfermagem. Dentre elas estão a deficiência na formação profissional e as sofridas condições de trabalho a que são submetidos os profissionais, com salários irrisórios, sobrecarga de trabalho excessiva, sem contar com o subdimensionamento nas unidades de saúde, impondo responsabilidades além do que seria suportavelmente aceitável.

“Nós vivemos em um sistema capitalista de produção, que acaba colocando em risco a vida das pessoas, porque o empregador só pensa no lucro e não se preocupa com as condições de trabalho. Mas o que a gente não pode é entrar no mercado de trabalho com uma visão meramente financeira, é preciso analisar toda a conjuntura”, ressaltou a gestora do Coren-BA.

Durante sua explanação, Maria Luísa fez questão de pontuar assuntos de importância para os profissionais, a exemplo da administração da penicilina na atenção básica, nos casos de sífilis congênita, mencionando inclusive a nota conjunta com o Cremeb, a respeito do assunto. “O profissional de enfermagem que se nega a administrar a penicilina na gestante portadora da sífilis está cometendo uma infração ética, uma negligência”, orientou.

O evento foi promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde da Rede Privada (Sindsaúde- Privado), com organização do seu representando, Rives André, que abriu o avento destacando que os erros de enfermagem se destacam pela profissão representar a maioria dos profissionais em saúde. “Precisamos nos capacitar, aprender mais. É sempre importante pesquisar, e que nos preocupemos cada vez mais em nos especializar, destacou. O evento contou também com a presença dos conselheiros do Coren-BA, Orlaneide Silva, Samuel Azevedo, Rita de Cássia e Tatiane Rocha.