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Especialistas alertam para os cuidados com manuseio de fogos de artifício durante os festejos juninos

Os atendimentos a vítimas de explosão de bombas, que resultam em trauma nas mãos, aumentam consideravelmente em relação aos demais períodos do ano.

07.06.2018

Os riscos de acidentes provocados por fogos de artifício aumentam com a proximidade dos festejos juninos e, esse ano, dos jogos da Copa do Mundo, que acontecem no mesmo período. Segundo o médico Marcos Barroso, coordenador do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Geral do Estado (HGE), as estatísticas não apontam para um aumento no número de acidentes que resultam em queimaduras graves durante as festas juninas em Salvador. “No que se refere a queimaduras, a maior parte das ocorrências são de casos mais leves, tratadas em ambulatório, enquanto os atendimentos a vítimas de explosão de bombas, que resultam em trauma nas mãos, é que aumentam consideravelmente em relação aos demais períodos do ano”, afirmou o médico.

De acordo com o médico André Luciano Santana, diretor geral do HGE, no ano passado, entre os dias 23 e 25 de junho, foram registrados 53 atendimentos, sendo 24 de queimaduras por fogos e 29 por explosão de bomba. Segundo ele, o volume de atendimento aumenta em torno de 15 a 20% nesse período, mas há diversas ocorrências relacionadas com acidentes de veículos, principalmente nas estradas.

Primeiros cuidados

O coordenador do Centro de Tratamento de Queimados do HGE reforça a importância dos cuidados que devem ser observados durante o período de festas juninas e também das comemorações dos jogos da Copa do Mundo. “Crianças só devem manusear fogos de artifício acompanhadas dos responsáveis. Além disso, bebidas alcoólicas não devem ser nunca ser misturadas com a queima de fogos”, enfatiza Barroso.

Os primeiros cuidados são importantes. “Em caso de queimadura, não devem ser usadas pomadas nem soluções caseiras. A região afetada deve ser lavada com água corrente e protegida com uma compressa úmida. Em seguida, o paciente deve buscar atendimento em uma unidade de saúde”, recomenda o especialista.

Para o cirurgião Marius Wert, coordenador do Serviço de Cirurgia de Mão do HGE, é preciso “atenção extrema” ao lidar com fogos de artifício, principalmente no caso de crianças, que não têm noção do perigo a que estão expostas. “O uso de fogos de artifício deve ser feito com muita atenção e cuidado. É comum acidentes como queimaduras, perda de dedos e, nos casos mais graves, até perda da mão”, adverte o especialista, recomendando que em caso de acidente com lesão na mão, o paciente deve ser encaminhado imediatamente para um serviço especializado.

Estudo divulgado pela Associação Brasileira de Cirurgia da Mão (ABMC) mostrou que ao menos 50% das mãos mutiladas no Brasil poderiam ser preservadas, caso o primeiro atendimento fosse especializado, e que no período de festas juninas, cerca de 90% dos acidentes graves, relacionados com explosão de bomba, resultam em amputações.

“É preciso muito cuidado no manuseio de fogos, e apesar das constantes campanhas e alertas feitos pelos especialistas, as pessoas ainda se descuidam e se expõem ao risco de acidentes. Os fogos de artifício devem ser manuseados o mais distante possível do corpo, principalmente das mãos, e deve-se evitar soltar qualquer tipo de fogos de artifício quando se estiver ingerindo bebida alcoólica”, reforça o cirurgião.

Fonte: Ascom Sesab

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