---

Coren-BA participa de debate sobre violência contra trabalhadores da Saúde

"A Enfermagem é a linha de frente nos serviços de saúde", destacou a presidente da autarquia

---

28.10.2016

Na tarde desta quinta (27), aconteceu o Seminário “Riscos do Trabalho em Saúde: O que fazer diante das ocorrências de agressões sofridas pelos (as) trabalhadores (as) da saúde. O evento promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (SindSaúde) aconteceu no Sol Barra Hotel, em Salvador, e reuniu trabalhadores da saúde e representantes da Sesab, Coren-BA, OAB e polícias Civil e Militar.

A presidente do Coren-BA, Maria Luísa de Castro Almeida, abriu os debates apresentando informações de relatório da ONU, pesquisas divulgadas pelo Cremesp e Coren-SP e estudo do Instituto de Saúde Coletiva (UFBA) que apontam alguns dados da violência contra médicos e profissionais da enfermagem.

“A violência vem sendo discutida há muito tempo na perspectiva de um fenômeno multicausal, multifacetado, que se caracteriza por um problema de saúde, e que toma uma dimensão muito grave quando é sofrida por profissionais que estão cuidando do bem estar da saúde e da vida”, destacou a presidente.

Maria Luísa destacou que as categorias de enfermagem são a linha de frente do atendimento nos serviços de saúde. “São estes profissionais que, geralmente, recebem toda a carga, sobrecarga, angústia, dor e medo dos usuários dos serviços”. A presidente afirmou que o não reconhecimento e a desvalorização destes profissionais se refletem em condições precárias de trabalho e situação de “total invisibilidade”.

Ao abordar a questão do assédio moral, a presidente observou que o Coren não tem como caracterizar dentro do seu Código de Ética este tipo de violência, no entanto, o conselho acompanha e apoia as organizações responsáveis, seja por meio de notas oficiais, ou mesmo pelo recurso do desagravo público, como os que ocorreram em 2013 e 2015 – ações inéditas no Conselho – depois que profissionais de enfermagem sofreram violência durante o serviço.

Após intenso debate envolvendo a violência sofrida pelos trabalhadores dentro das instituições de saúde, o assédio moral e as agressões verbais e físicas relatadas por trabalhadoras do Hospital Geral do Estado (HGE), foram expostas as atribuições de cada entidade presente e de que forma cada uma pode contribuir para promover a reversão do quadro. Ao final, a vereadora Aladilce Souza listou as propostas levantadas pelas entidades, dentre elas, a confecção de um relatório detalhado sobre o debate para envio às autoridades competentes; a constituição de um fórum das instituições de saúde; a instalação de núcleos de saúde do trabalhador dentro das unidades de saúde.