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Conselheiras representam Coren-BA em II Conferência Internacional de Pesquisa em Recursos Humanos em Enfermagem e em Saúde


31.10.2014

O Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA), representado pelas conselheiras Leila Brito e Neuranides Santana, foi a única instituição baiana participante na II Conferência Internacional de Pesquisa em Recursos Humanos em Enfermagem e em Saúde, realizada entre os últimos dias 20 e 22 de outubro. O evento aconteceu na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), promovido pelo Programa de Pós-Graduação de Gerenciamento em Enfermagem da instituição.

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Conselheiras Leila Brito e Neuranides Santana

As palestras apresentaram o atual panorama dos profissionais da área, considerando a distribuição geográfica desigual, o desequilíbrio na composição das equipes de saúde, redução da produtividade, baixos salários, contextos de trabalho inadequados, pouco reconhecimento profissional e exposição a riscos de diversas naturezas, principalmente os biológicos e químicos. O RH em saúde tem sido um tema recorrente, considerado o grande desafio para o alcance das metas relacionadas às políticas e ações de saúde. Baseado nisso, a OPS e a OMS definiram o período de 2006-2015 como a Década dos Recursos Humanos em Saúde.

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Mesa com Carole Orchard (Canadá), Marina Peduzzi (Brasil), Felix Hector Rigoli – Assessor Regional da Organização Pan-Americana de Saúde (OPS/OMS) e Jean More (USA)

Para o enfrentamento deste desafio, foram apresentadas algumas experiências, como a regulação das práticas e profissões da saúde, o planejamento da força de trabalho em saúde, gestão das boas e avançadas práticas e a educação interprofissional. Esta última, também conhecida como prática colaborativa, surgiu como reconhecimento da fragmentação dos sistemas de saúde e suas dificuldades para gerenciar e solucionar as necessidades de saúde da população.

Para a enfermeira canadense Carole Orchard, os profissionais de saúde são desafiados a prestar serviços frente a problemas cada vez mais complexos. Segundo ela, evidências mostram que, conforme os profissionais de saúde percorrem o sistema em socialização interprofissional, eles são oportunizados à conhecer as funções e papéis de cada categoria. Ela entende que ao trabalhar de forma interprofissional, os estudantes estarão prontos para entrar no local de trabalho como membro da equipe de prática colaborativa.

O trabalho interprofissional é considerado um passo fundamental na formação dos futuros profissionais da saúde, para a transição de sistemas de saúde fragmentados para uma posição colaborativa e coordenada sobre a decisão de como cuidar, em que o usuário é inserido no processo decisório de sua saúde. As equipes de assistência de saúde interprofissional devem compreender como otimizar as habilidades de seus membros, compartilhar o gerenciamento de casos e prestar serviços de saúde de melhor qualidade à pessoa e comunidade.

No último dia do evento, foi abordada a interface entre a segurança do paciente e a saúde do trabalhador em saúde, destacando a convergência entre a RDC 36/2013, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde, e a NR32, que regula a segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde, e a disseminação sistemática da cultura de segurança nos serviços de saúde, como estratégia para bons resultados. A Drª Ana Lúcia Queiroz Bezerra, docente do Programa de Pós Graduação da UFGO, tem se dedicado justamente a essa linha de pesquisa.

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Conselheira do Coren-BA, Leila Brito, professora da UFGO Ana Lúcia Bezerra e conselheira do Coren-BA, Neuranides Santana

Ao final das atividades, os palestrantes levantaram do subdimensionamento de pessoal, que tem se configurado como uma das maiores fragilidades da gestão dos serviços de saúde. Os palestrantes enfatizaram a necessidade de atrelar a gestão em saúde às condições de trabalho adequadas, ao real perfil de demandas das atividades de enfermagem (carga de trabalho), que reflete na contenção de custos com absenteísmo e afastamento por motivos de saúde, à melhora da qualidade da atenção e, sobretudo, à segurança do usuário do serviço e do trabalhador.

O evento contou ainda com a participação de representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Pan-Americana de Saúde, de enfermeiras pesquisadoras de Toronto – Ca, Nova York – USA, Maputo – MOZ, Guiana Inglesa, França e brasileiros de 10 estados, dentre eles a Bahia, totalizando 145 participantes.

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