Enfermagem forense abre espaço para ampliar atuação das(os) enfermeiras(os)

O campo da Enfermagem Forense ainda é muito novo no Brasil, mas é uma área que oferece boas possibilidades para os profissionais.

29.11.2018

Aconteceu nesta quarta-feira (28), durante o 21º CBCENF, a mesa-redonda Enfermagem Forense em Discussão. O debate contou com a presença de José Fiusa, Enfermeiro Forense do Instituto Médico Legal de Santo André (SP), Zenaide de Medeiros, presidente da Associação Brasileira de Enfermagem Forense, e Carmela de Alencar, presidente da Sociedade Brasileira de Enfermagem Forense.

A coordenadora da mesa redonda, Carmela de Alencar, falou sobre a importância de treinar os alunos da graduação em Enfermagem para que possam ter aptidão em trabalhar com a área forense. Para ela, o enfermeiro, que já tem em sua formação a característica do cuidado, pode contribuir muito em casos de atendimento à vítimas de violência, principalmente sexual e de pessoas vulneráveis, e à sua família. Ela afirma que o aluno deve pesquisar o currículo prático de suas instituições de ensino em graduação e pós-graduação para que tenha o conhecimento e confirme o currículo dos cursos.

O campo da Enfermagem Forense ainda é muito novo no Brasil, mas é uma área que oferece boas possibilidades para os profissionais. José Fiusa, um dos primeiros enfermeiros brasileiros a atuar na área, afirmou que é preciso uma boa assistência ao agredido e ao agressor, para que então o profissional da Enfermagem possa contribuir com a execução da justiça. “É preciso estar ciente dos processos jurídicos, da formação técnica e humana para oferecer suporte e bom atendimento aos nossos clientes.”, afirmou. Fiusa citou ainda, algumas das atividades que podem ser desenvolvidas pelo enfermeiro forense em um Instituto Médico Legal: acolhimento de famílias e situação de processos nas áreas criminal e civil, auxílio das Delegacias da Mulher, agendamento de exumações, acompanhamento de Conselhos Tutelares, coleta de material hemático para DNA e auxílio de médicos e peritos em exames de corpo delito, medida cautelar, conjunção carnal, entre outros.

A enfermeira Zenaide de Medeiros apresentou aos participantes um breve histórico da Enfermagem Forense no Brasil e no mundo e afirmou que a Enfermagem sempre esteve ligada à área forense. “O enfermeiro está presente em todas as etapas do atendimento, da atenção básica à emergência, dessa forma, ninguém melhor para reconhecer e atender pacientes em situação de violência do que um profissional que alinha técnica em saúde, gerenciamento e cuidado”, afirmou. Para ela, é importante que o enfermeiro forense esteja capacitado a identificar, avaliar, cuidar de vítimas e coletar e cuidar de vestígios em um caso, para assim ser a ponte entre o Direito e a Medicina. “O foco da Enfermagem Forense é o paciente e não a cena do crime”, explicou.

A Enfermagem Forense tem desafios e possibilidades claras no cenário atual brasileiro e precisa do apoio e interesse da classe para fortalecer a troca de informações da área, garantir seu local de atuação no mercado e ganhar mais espaço entre as especializações da profissão.

Fonte: Ascom – Cofen

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