Intervenção de Enfermagem pediátrica reduz punições físicas a crianças

Castigos físicos estão associados a efeitos negativos, incluindo abuso infantil, internalização de problemas comportamentais e atraso no desenvolvimento cognitivo

16.08.2016

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Lei Menino Bernardo protege crianças e adolescentes, e obriga profissionais a comunicarem suspeita de abusos

A intervenção de profissionais de Enfermagem pediátrica reduz a probabilidade de uso de castigos corporais por pais e cuidadores, revela estudo publicado no Journal of Pediatric Health Care. O estudo avalia o efeito de orientação educativa de Enfermagem pediátrica sobre a percepção de pais e cuidadores.

84,7% das pessoas envolvidas no estudo declararam que a forma como foram disciplinadas por seus próprios pais influenciava a sua atitude quanto aos castigos físicos. Antes da intervenção educativa da Enfermagem pediátrica, 39,88% consideravam as palmadas “às vezes necessárias”. O índice se reduziu para 28,9% após a intervenção.

Pais e cuidadores devem ser educados sobre métodos não violentos de educação e disciplina. É consensual em diferentes estudos que os castigos físicos não atingem, a longo prazo, o objetivo de melhorar o comportamento das crianças. As punições físicas afetam o desenvolvimento cognitivo e levam à internalização de problemas comportamentais, aumentando a probabilidade de problemas psiquiátricos e conflito com a lei na idade adulta. Os estudos apontam, ainda, risco de abuso, com escalada das punições para obter o mesmo efeito inicial.

Lei Menino Bernardo – No Brasil, a Lei Menino Bernardo, sancionada em 2014, proíbe o uso de castigo físico e punições cruéis e degradantes contra crianças e adolescentes. A lei determina que entidades que atendem crianças e adolescentes tenham pessoas capacitadas para reconhecer maus-tratos e denunciá-los. O nome da lei homenageia o menino Bernardo Boldrini, assassinado em 2014, aos 11 anos, em Três Passos (RS). Segundo as investigações, Bernardo procurou ajuda para denunciar as ameaças que sofria. O pai da criança e sua madrasta foram condenados pelo crime.

 

Fonte: Cofen

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