Secretaria Municipal de Saúde divulga orientações sobre a síndrome mão-pé-boca

É uma infecção viral contagiosa, causada por um Enterovirus (Coxsackie A16), que acomete principalmente crianças com menos de 5 anos de idade (mais frequente dos 6 meses a 3 anos), embora possa afetar adultos.

11.04.2019

A síndrome (ou doença) mão-pé-boca é uma infecção viral contagiosa, causada por um Enterovirus (Coxsackie A16), que acomete principalmente crianças com menos de 5 anos de idade (mais frequente dos 6 meses a 3 anos), embora possa afetar adultos.

Caracteriza-se por lesões na cavidade oral e erupções nas mãos e pés. Sua identificação inicial ocorreu no ano de 1958, com o isolamento do agente num surto no Canadá.

Forma de Transmissão – A transmissão se dá pela via oral ou fecal, através do contato direto com secreções de via respiratória (saliva), feridas que se formam nas mãos e pés e pelo contato com as fezes de pessoas infectadas ou então através de alimentos e de objetos contaminados.

Apesar de a pessoa infectada poder permanecer eliminando o vírus nas fezes após já terem desaparecido as lesões da boca, mãos e pés, o maior risco de contágio ocorre durante a primeira semana de doença.

Sinais e Sintomas – O período de incubação é de 4 a 6 dias. Geralmente a doença inicia-se com febre. Apesar de pouco frequente podem ocorrer casos sem febre. Um a dois dias após surgem aftas dolorosas e gânglios aumentados no pescoço.

A seguir, surge nos pés e nas mãos uma infecção moderada sob a forma de pequenas bolhas não pruriginosas e não dolorosas, de cor acinzentada com base avermelhada. Essas lesões podem aparecer também na área da fralda (coxas e nádegas) e eventualmente podem coçar.

Na maioria dos casos, a doença evolui de forma benigna, com cura espontânea após 7 a 10 dias, sendo pouco frequentes as complicações. É comum que a criança também sofra de dores de cabeça e acentuada inapetência.

Nas crianças, a desidratação é a complicação mais frequente em virtude da febre e da ingesta inadequada de líquidos, devido a dor para engolir. Outras complicações podem ocorrer, mas são raras, como meningite viral ou “asséptica”, encefalite e ou encefalomielite e Paralisia Flácida Aguda.

Diagnóstico – O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões. Em alguns casos, os exames de fezes e a sorologia podem ajudar a identificar o tipo de vírus causador da infecção. É importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças que também provocam estomatites aftosas ou vesículas na pele.

Tratamento – Não há tratamento específico. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é sintomático com antitérmicos e anti-inflamatórios. Os medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.

 Medidas de Prevenção e Controle – Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Medidas de prevenção e interrupção da cadeia de transmissão são importantes na Síndrome Mão-Pé-Boca:

  • As crianças e adultos que estiverem com sinais e/ou sintomas de SMPB não deverão frequentar escolas ou creches até recomendação médica para o retorno;
  • Lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de trocar fraldas e usar o banheiro;
  • Limpar e desinfetar superfícies tocadas com frequência e itens sujos, incluindo brinquedos;
  • Evitar contato próximo, como beijar, abraçar ou compartilhar utensílios ou xícaras com pessoas com problemas de mãos, pés e boca;
  • Crianças devem ficar em casa, sem ir à escola, enquanto durar a infecção;
  • Lembre-se sempre de lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente;
  •  Monitorar locais de maior risco (escolas, creches, clubes entre outros);
  • Todo o caso de SMPB deve ser encaminhado ao serviço de saúde para diagnóstico e orientações, quanto ao tratamento e controle;
  • Disponibilizar sabão líquido e papel toalha nas pias onde são realizadas a higienização das mãos das crianças e colaboradores e o álcool em gel em locais que não tem pia;
  • Orientar profissionais de saúde quanto às medidas de prevenção e controle da cadeia de transmissão, tratamento sintomático e notificação.

Como Notificar Doença:

Unidade de Saúde – Notificar a Secretaria Municipal de Saúde/Diretoria de Vigilância da Saúde/Centro de Investigação Estratégica em Vigilância da Saúde (CIEVS Salvador) – Através de modelo de planilha em anexo e encaminhar para o e-mail: notificasalvador@gmail.com;

Estabelecimentos de Ensino e creches – Notificar a Secretaria Municipal de Saúde/Diretoria de Vigilância da Saúde/Centro de Investigação Estratégica em Vigilância da Saúde (CIEVS Salvador)

Através do formulário disponível no link: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=46734.

Na ocorrência de casos de síndrome de mão-pé-boca, todos os sintomáticos deverão ser orientados a procurar atendimento médico. Situações de surtos (ocorrência de três casos ou mais) em instituições sediadas em Salvador deverão ser comunicados imediatamente ao CIEVS Salvador através dos contatos listados abaixo.

Fone:(71) 3202-1722 Dias úteis das 7 às 18 horas Plantão CIEVS 24 Horas: (71) 99982-0841 – Finais de semana e feriados. E-mail: notificasalvador@gmail.com

Referências:

1. About Hand, Foot, and Mouth Disease (HFMD). Disponível em: https://www.cdc.gov/handfoot-mouth/about/index.html (Acesso em 04/04/2019) – Organização Mundial de Saúde (OMS)

2. https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/doenca-mao-pe-boca/ Núcleo do Telesaude da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Acesso em 04/04/2019)

3. Ficha de notificação SINAN. Disponível em http:// http://portalsinan.saude.gov.br/surto (Acesso em 04/04/2019)

4. Brasil. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Doença mão-pé-boca. Disponível em: http://bvs.saude.gov.br/dicas-em-saude/2739-doenca-mao-pe-boca. (Acesso em 04/04/2019)

Fonte: SMS Salvador

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